Devemos estar atentos, como animais prontos para o bote...pois ao menor descuido tudo pode dar errado. É assim que nós, bailarinos e artistas, devemos respeitar o palco. A atenção não desaparece até que a cortina seja completamente serrada e o público perca de vista os sonhos e encantamentos realizados naquela noite.
O Corpo deve estar levemente tenso, músculos rijos, contraídos, alongando-se infinitamente, como se pudesse partir em milhões de pedaços, como serpentinas num baile de carnaval. Feições suaves escondendo todo o esforço que por ventura tenha sido necessário fazer, e ainda esconder a decepção de não ter feito da melhor forma, de não ter satisfeito, quantos não desejariam estar no nosso lugar sem nenhum tipo de cobrança absurda, ou no mínimo incoerente?!
-Afinal....que corpo é esse?! Que artista é esse?! Será que seremos sempre escravos das (possíveis) possibilidades? Do acaso? Estejamos preparados.
Ser artista é ser antes de tudo livre de si mesmo, é beber de outras fontes sem matar a sede, é calar a si próprio e ouvir o outro, para depois ter razão naquilo que pensa e acredita que é a sua verdade.
Um novo desafio se aproxima com milhões de possibilidades, experiências, (des)afetos, sorrisos, trabalho.
Estejamos preparados!!!
